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terça-feira, 3 de agosto de 2010

História dos cosméticos

Como química, as vezes eu fico pensando nas coisas que uso. Falando sério, é só eu abrir um vidrinho lindo de esmalte pra sentir o cheiro dos solventes (e identificar muitos deles no meu cromatógrafo nasal). Garanto que muita gente passa pelo mesmo. Mas outras coisas a gente não identifica tão facilmente... Cremes, shampoos, maquiagem.
Eu acho engraçado quando as pessoas ficam no supermercado falando que querem comprar alimentos orgânicos, sem química. Meio impossível, vamos combinar, já que no fundo no fundo, tudo é feito de moléculas... químicas. Nem sei qual seria o nome mais correto pra identificar um alimento cultivado sem pesticidas - já que os pesticidas são compostos... orgânicos. Eu fico rindo sozinha... sério!
Mas essas mesmas pessoas, que compram comidas orgânicas (tá, vou usar o termo), passam pela sessão de cosméticos do mesmo supermercados e... bem, se soubessem o que põe ao lado da sua alface orgânica, seu brócolis orgânico, iam ficar apavoradas...
Pensando nisso, uma associação americana chamada the story of the stuff têm feito vídeos pra alertar as pessoas do que realmente acontece. Eu gostei muito deste, the story of cosmetics, e vêm bem a calhar com os assusntos tratados aqui, no blog. O vídeo está em inglês, mas tem legendas em português.



Não que eu ache que é possível viver sem produtos industrializados, estaria indo contra a minha opção de carreira até - e ninguém gosta de dar tiro no pé - mas eu acho que a população deveria ter direito a esse tipo de informação. Assim como um vegetal orgânico é mais caro do que um comum, pelos seus custos de produção, é de se esperar que um cosmético dito verde seja mais caro que um comum, já que os produtos mais comuns (e que as vezes fazem mal) não serão usados. Mas que as pessoas tenham a opção de escolher e a informação pertinente pra fazer essa escolha. Nem tudo o que faz mal, faz mal no exato momento em que usamos.
O vídeo fala das leis dos EUA, mas alguém já parou pra pensar que no Brasil é semelhante? Quem regula isso? A Anvisa... alguém já visitou o site? (eu já, mas não conta...) Já procurou alguma informação sobre isso? O Brasil tem esse tipo de regulamentação? As pessoas que criam leis sobre isso foram escolhidas por quem? Aos interesses de QUEM eles atendem?
É uma coisa a se pensar, num ano eleitoral como esse.
Consciência pessoas, consciência...

P.S: eu sei que esse post até caberia melhor no meu outro blog, mas achei pertinente postar aqui, enfim...

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